com a palavra

Professora do CMSM há mais de 20 anos conta trajetória no ensino

Gabriele Bordin

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Fotos: Arquivo Pessoal
Cristina é casada com Jairo Chaves há 31 anos

Professora do Colégio Militar de Santa Maria (CMSM) desde 1998, Cristina de Souza Chaves, 52 anos, formou-se em Matemática pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), em 1987. Ela é mestre em Ensino de Matemática pelo Centro Universitário Franciscano (Unifra), atual Universidade Franciscana (UFN). A santa-mariense é filha de Herselina Postal, 78 anos, e Rufino Souza, falecido. Ela é casada, há 31 anos, com Jairo Chaves, também professor, e mãe do Engenheiro Civil Bruno Chaves, 23. Nesta entrevista, a professora fala sobre a relação com a cidade natal e com os alunos e comenta o período de luta contra o câncer de mama.

style="width: 100%;" data-filename="retriever">Junto da mãe, Herselina Postal

Diário - Como define a Cidade Coração? 

Cristina de Souza Chaves - Sempre gostei de morar em Santa Maria. Ela é ótima devido ao médio porte. Tem opções de lazer, diferentemente de uma cidade pequena, e não é agitada, de difícil deslocamento e violenta, como são os municípios maiores. O que me entristece a respeito da Cidade Cultura são as pichações e os buracos das ruas, que necessitam de um trabalho mais efetivo por parte do poder público. 

Diário - Por que escolheu Matemática? 

Cristina - Minha paixão pelos números é de longa data. No terceiro ano do Ensino Médio, aos 16 anos, já queria ser professora na área das Ciências Exatas. Em uma festa de uma amiga, conheci uma professora de matemática que me motivou a ir em busca desse sonho. 

Diário - Seu marido, Jairo, também é professor de matemática no CMSM. Onde se conheceram? 

Cristina - Conheci Jairo quando eu tinha 14 anos, e ele, 18. Ele estudava Engenharia Química, e eu ainda estava no Ensino Médio. Depois que comecei a cursar Matemática, o Jairo gostou mais do meu curso e fez a troca. No ano em que prestamos concurso para professor no Colégio Militar, havia três vagas para o nosso cargo. Nós dois entramos. 

style="width: 100%;" data-filename="retriever">Na formatura do filho, Bruno, em agosto de 2019

Diário - Quando começou a lecionar?

Cristina - Formada, em 1988, comecei a trabalhar no extinto cursinho Constantino Reis, onde permaneci por 15 anos. Seis anos depois, passei a trabalhar também na escola Santa Maria, até entrar no CMSM, em 1998, quatro anos após a fundação do Colégio do Vagão. 

Diário - Para a senhora, como é ser professora? 

Cristina - Sou feliz nesta profissão por três motivos. O primeiro porque posso compartilhar o que sei. Depois, porque também aprendo com os alunos. A matemática desperta minha paixão. E por fim, gosto muito de seres humanos. Não me imagino trabalhando sozinha em uma sala fechada. Tenho profundo amor por essa profissão. Em março deste ano, completo 32 anos no magistério. 

style="width: 100%;" data-filename="retriever">Com a turma do 2º ano do Ensino Médio do CMSM, que escolheu Cristina como professora destaque no ano passado

Diário - Os métodos de ensino mudaram muito ao longo dos anos? 

Cristina - Gosto do tradicional, mas acredito que, hoje, as pessoas não têm mais paciência para apenas isto, devido à grande interação com a internet. Há muitas mudanças ao longo do tempo. Hoje, tudo é dinâmico, muito mais desafiador do que há 20 anos. Estou sempre me reciclando, refazendo as aulas e buscando novas ferramentas, como aplicativos. Minha relação com os alunos é maravilhosa, de respeito e carinho. Eles me retribuem com consideração e amor. 

Diário - Você lutou contra o câncer de mama durante o ano de 2012. O que ficou deste período? 

Cristina - Há uma frase bastante utilizada, mas que define bem o que vivi. Não há como passar pelo câncer e ser a mesma pessoa. Mudei a maneira de olhar o próximo. Tenho mais vontade de servir às pessoas, valorizar amigos e família e a ter maior compaixão e empatia. 

Diário - Que convicções a senhora carrega? 

Cristina - O amor por Jesus. Saber que ele me dá, a cada dia, o dom da vida. Tudo o que vem dele é precioso, desde levantar, acordar e trabalhar. Tudo é pela graça.

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